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lidyaquino

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About my collections

My house is like a little library. At least i wish it could be, so there aren't any free spaces over my room: they're all filled with books. And cds, because i live in another era and i still buy them.

Lists

6 votes
Movies - 2013 (28 items)
Movie list by lidyaquino
Published 11 years, 9 months ago 1 comment
3 votes
Movies - 2012 (80 items)
Movie list by lidyaquino
Last updated 12 years ago
5 votes
Movies - 2011 (63 items)
Movie list by lidyaquino
Last updated 12 years, 11 months ago 2 comments
9 votes
Seen Live (38 items)
Person list by lidyaquino
Last updated 13 years, 8 months ago 4 comments
120 votes
Tatuagens Literárias/Literary Tattoos (25 items)
Book list by lidyaquino
Published 15 years, 11 months ago 36 comments



My feed

6 years, 9 months ago
lidyaquino commented on a list
When Literature Creates Language (42 books items)

"AMAZING idea. I simply love it!"


14 years, 6 months ago
lidyaquino commented on a list
63rd Festival de Cannes - The Competition (19 movies items)

"Ótimo "trabalho" com a lista, bem organizada :)"


14 years, 6 months ago
lidyaquino commented on a list
Posters Shows (36 person items)

"Amei a lista! Acho que se morasse nas gringas ficaria louca para colecioná-los.. os do Bon Iver são bem legais, postei na página dele, caso queira colocar na lista: http://www.listal.com/artist/bon"


15 years ago
lidyaquino commented on a list
excentricidade (28 person items)

"concentração de gente estranha. acho bacana, hehe."


15 years, 7 months ago
lidyaquino commented on a list
What's In A Name? (42 books items)

"Some are really really weird!"


15 years, 7 months ago
lidyaquino commented on a list
Música triste (10 music items)

"Acredite, OK Computer é triste, mas acho o The Bends pior no quesito tristeza.. adorei a lista ,)"


15 years, 7 months ago
lidyaquino commented on a list
Great Openings (19 tv items)

"adoooro a de skins e de true blood!"


15 years, 9 months ago
lidyaquino commented on a list
When I was a child I used to listen to... (7 music items)

"adooooro estas listas com um tom de sessão da tarde! hilário!"


15 years, 9 months ago
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Separated At Birth (33 person items)

"Caramba, a Zooey e a Katy parecem demais mesmo! Adoreeei Winehouse e Marty, beem parecidos haha! Alguns atores/atrizes nem se parecem tanto, mas você foi beem feliz na hora de escolher as fotos, Dany"


15 years, 10 months ago
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Versão Brasileira (25 person items)

"e gente, a Natália encontrou uns tantos assutadores!"


15 years, 10 months ago
lidyaquino commented on a list
Versão Brasileira (25 person items)

"http://www.papelpop.com/top-10-piores-regravacoes/ Acheeei mais pra você :D"


15 years, 10 months ago
lidyaquino commented on a list
Tatuagens Literárias/Literary Tattoos (25 books items)

"Eu adorei a idéia! Muita gente diz que é coisa de modinha e de quem quer pagar de culto, enfim, já ouvi tanta merda sobre tatuagens literárias... queria muito fazer uma, mas antes teria que escolh"


15 years, 11 months ago
lidyaquino commented on a list
Vozes Femininas (26 person items)

"HAHA sim, ela é linda, mas a voz não é lá tão espetacular...lembra a Nico!"


15 years, 11 months ago
lidyaquino commented on a list
piores(melhores) vilãs de novela das 8 (5 tv items)

"Impossível superar a Nazaré! hehe"


15 years, 11 months ago
lidyaquino commented on a list
Vozes Femininas (26 person items)

"cápra nós , leo... a scarlett nao canta pra caralho, não :p [2]"


15 years, 11 months ago
lidyaquino commented on a list
Versão Brasileira (25 person items)

"Vi na mtv tambéém! Conforme for lembrando te aviso aqui, sempre pego umas versões horrorosas... exemplo: aquela versão tenebrosa que a Zélia Duncan fez pra música do Damien Rice, The Blower's Da"


15 years, 11 months ago
lidyaquino commented on a list
Memorable Quotes (Music) (27 person items)

"Isis - Obrigaada por me informar querida! Não tinha idéia disso, hehe, mas deixarei ali mesmo porque gosto da frase.. Jaque - Kevin, né. Ainda vou colocar mais frases dele, mas esta é especial."


15 years, 12 months ago
lidyaquino commented on a list
Good books - Brazilian Literature (18 books items)

"Isa - sim sim, eu meio que me baseei na sua idéia, mas queria fazer a minha lista :) Dany - Sim, a Clarice tem uma escrita única! Gosto demaais dela! Isis - Sim, vou colocar Machadão aqui! Ainda es"


15 years, 12 months ago
lidyaquino commented on a list
Memorable Movie Quotes (45 movies items)

"Quantos quotes que eu adoro mas não relembrava a tempos! Adorei :))"


16 years ago
lidyaquino commented on a list
Memorable Quotes - Music (23 person items)

"Yey, agora dá pra colocar por bandas! Adorei, bem melhor :)"


16 years ago
lidyaquino commented on a list
♥ My favorite album covers (61 music items)

"Adoro esta lista, as capas são ótimas! Engraçado, tem tantos cds ruins com capas bacanas..(não estou falando dos cds desta lista)."


16 years ago


Recent reviews

All reviews - Movies (11) - Books (13) - Music (6)

À margem da própria humanidade

Posted : 13 years, 8 months ago on 25 March 2011 09:34 (A review of O Natimorto)

O Agente, a Voz, a Esposa e o Maestro. Quatro personagens foram suficientes para construir a narrativa da segunda obra de Lourenço Mutarelli, O Natimorto. O autor desenvolve com destreza uma história fora do convencional em forma e contexto, expondo fragmentos semelhantes às poesias, como se fossem oriundos de um texto teatral.

O contato prematuro com a narrativa do Agente mesclada aos diálogos é suficiente para constatar a genialidade do escritor ao designar os elementos da história. O Agente apropria as imagens com mensagens antifumo em maços de cigarro – ele interpreta as fotografias como cartas de tarô – utilizando por base o conhecimento sobre carteado, obtido com a tia que o criou.

Ele envolve uma jovem cantora com as tentativas de prever o futuro por meio dessas interpretações. A Voz, recém chegada à cidade e carregando a expectativa pelo reconhecimento de seu talento, canta com tamanha beleza e candura a ponto de tornar-se inaudível. O Agente, cansado de lidar com a sensação de invisibilidade perto àqueles de sua convivência, a impotência e a traição da mulher, encontra alento na Voz. Atenta às histórias, ela é, em um primeiro momento, a personificação da pureza e perfeição não mais encontrada por ele na sociedade.

Em um misto de encanto, loucura e fuga a um mundo onde as mazelas são predominantes, a personagem central faz-lhe uma proposta – isolar-se com ele no hotel onde ela se hospeda. E ali viver, sem a necessidade de recorrer ao mundo pecaminoso. Mas o desafio que num primeiro instante a instiga, revela-se agonizante com a convivência diária.

[Leia o restante no [Link removed - login to see]]


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O Outro Lado da História

Posted : 13 years, 9 months ago on 31 January 2011 03:50 (A review of The Boy in the Striped Pajamas)

Usualmente, a característica mais encantadora das crianças, para os adultos, é a inocência. O modo como concebem coisas complexas com simplicidade, interpretando-as à sua maneira – e construindo, assim, uma visão particular dos acontecimentos cotidianos, tratados de um modo singelo. Desta maneira, o pequeno Bruno conta sua história na obra de John Boyne, O Menino do Pijama Listrado.

O garoto tem nove anos e possui características comuns às crianças da mesma faixa etária. Gosta de se divertir com os amigos da escola, brincar de “exploração” na enorme casa onde mora e provocar Gretel, a irmã mais velha. A infância bem aproveitada é abalada, porém, quando os pais anunciam uma mudança. Por razão do trabalho do pai, a família deverá abandonar Berlim para viver em “Haja-Vista”, onde deverão permanecer por um “futuro previsível”.

Aceitar tamanha transformação não é fácil para ninguém, mas torna-se ainda mais difícil para uma criança. A nova casa é bem menor e isolada – não possuem vizinhos - e os irmãos têm um professor particular. Há somente um enorme campo separado por uma imensa cerca de ferro. Bruno faz o que pode para se distrair, como inventar um balanço com uma roda de pneu, ou brincar de explorar caminhando ao longo da cerca. É quando se depara com uma criança que vive do outro lado, trajando o mesmo “pijama listrado” utilizado por todos no campo. Visitar o novo “amigo”, Shmuel, torna-se então uma atividade cotidiana – ambos aproveitam as horas de conversas como uma fuga das tardes tediosas.

A narrativa é carregada pelo olhar infantil – característica que tira um pouco do encanto da visão inocente. A curiosidade do garoto provoca certa agonia no decorrer da obra – afinal, ele não compreende os verdadeiros acontecimentos e a família faz o possível para sustentar essa ideia. Mas Boyne faz bom uso da opção pela história contada por uma criança. Mesmo conhecendo o contexto do livro, a narrativa se desenvolve provocando dúvidas no leitor - a cada capítulo, o autor acrescenta fatos que aos poucos respondem aos questionamentos.

Embora não seja a melhor obra sobre o período da Segunda Guerra Mundial, O Menino do Pijama Listrado oferece uma interessante versão da história. Não há nenhum tipo de “promoção” ao nazismo, pintando-o como algo bom. Boyne optou por abordar uma visão pouco usual, mas com o cuidado de colocar personagens que pouco conhecem sobre suas condições.

Embora pertença à categoria de livros infanto-juvenis, pode ser um tanto pesado para jovens, em especial pelo triste desfecho. Ainda assim, é uma obra delicada que proporciona uma reflexão sobre um período conturbado da história.

[No blog: [Link removed - login to see]


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The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader review

Posted : 13 years, 10 months ago on 2 January 2011 01:51 (A review of The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader)

A entrada para um mundo fantasioso e repleto de aventuras está sempre mais próxima do que se imagina. Nas Crônicas de Nárnia, um portal pode estar em um guarda-roupa, ou mesmo em uma simples pintura de navio no meio do mar. É o caso do terceiro filme da série, As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada.

Inspirado no quinto livro da sequência criada pelo escritor inglês C. S. Lewis, a nova aventura é vivida por Lucy - interpretada novamente por Georgie Henley - e Edmund - papel atribuído ao jovem Skandar Keynes. Agora crescidos, passam as férias longe dos dois irmãos mais velhos - Peter e Susan. Ambos são levados através da pintura na casa dos tios para o navio “Peregrino da Alvorada”, em alto mar, ao leste do reino de Nárnia. O reencontro com o Príncipe Caspian e o rato Ripchip se dá, porém, com a presença do primo ranzinza dos irmãos Pevensie, Eustace, vivido por Will Pouter.

O Príncipe Caspian, vivido por Ben Barnes, é determinado em sua viagem. Por honra ao seu pai e pelo povo de Nárnia, deve reencontrar as sete espadas dadas aos Lordes de Telmar por Aslam e enfrentar uma estranha névoa, para estabelecer a paz no local. A ajuda dos irmãos Peter e Lucy é fundamental. Para isso, porém, são postos perante desafios. As mensagens edificantes da película são expostas, em especial, pelos irmãos e o primo Eustace.

Além da ajuda ao príncipe, precisam lidar com situações de amadurecimento. Deparam-se com criaturas de diversos tipos - em belíssimas paisagens que dispensam a projeção em 3D - e correm perigo a cada ilha por onde passam. Em uma das paradas, Edmund enfrenta o primeiro teste. Ao encontrar um lago que transforma qualquer objeto em ouro, é tentado pela ambição. Já Lucy, em meio a uma fase conturbada da vida adolescente, convive com a insegurança comum nesse período, por não se achar tão bonita quanto à irmã.

Diferente dos longas anteriores, As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada - é ágil, e composto majoritariamente por cenas de ação. A adaptação feita pelo diretor Michel Apted cumpre seu papel na tentativa de ensinar uma lição aos jovens. Cada etapa enfrentada pelas personagens prova que é possível criar uma boa ficção, sem a necessidade de exemplos esdrúxulos.


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Scott Pilgrim vs. the World review

Posted : 14 years ago on 24 November 2010 11:55 (A review of Scott Pilgrim vs. the World)

A premissa de Scott Pilgrim Contra o Mundo é um mero disfarce. A pacata vida contada como um jogo de videogame parece um tema de interesse somente para jovens nerds e geeks. Lutar com os “sete ex-namorados malvados” da garota - literalmente - de seus sonhos, pode parecer ainda mais absurdo, mas é apenas o artifício ideal utilizado para aplicar, de forma bem humorada e inteligente, inúmeras tiradas sarcásticas ao filme.

Scott Pilgrim, interpretado sem muitas dificuldades por Michael Cera, segue a linha dos exemplos a não serem adotados. Com 23 anos, está desempregado, não faz faculdade, além de ter um amigo gay como roommate. Para completar, mantém uma banda com amigos do Ensino Médio, a Sex Bob-Omb. E “namora” uma colegial. Tudo muda quando encontra a garota que havia aparecido em seu sonho - Ramona Flowers, papel de Mary Elizabeth Winstead. A moça acaba de chegar à cidade e seu ar misterioso atrai ainda mais a atenção de Scott – o que é muito, para um garoto distraído como ele. Porém, para ficar com Ramona, ele precisa enfrentar a liga dos sete ex-namorados dela.

Através de metáforas bem elaboradas, inicia-se o ‘jogo’ para permanecer com a garota. Ao adaptar a série de quadrinhos de Brian Lee O’Malley, o diretor Edgar Wright faz bom proveito dos recursos do cinema para deixar o enredo ainda mais emocionante. Não descarta elementos do videogame - cada duelo é marcado pelo “VS”, além da clássica barrinha de vida.

Uma das características marcantes do longa são as piadas aplicadas por intermédio dos sete ex-namorados. O terceiro, Todd - vivido pro Brandon Routh - ganhou poderes especiais por ser vegan. Chris Evans interpreta Lucas Lee, um ator que tira proveito da fama de vilão e dos incontáveis dublês, mas não é esperto o suficiente para recusar o desafio proposto por Scott. Como nos games mais conhecidos, a personagem principal precisa conhecer as táticas especiais para combater cada oponente - e, claro, adquire vantagens ao fim de cada disputa. Além das moedinhas adquiridas ao eliminar cada oponente, as conquistas são criativas - como uma “Espada do Amor Próprio”, que dá direito a um bônus pela confiança na própria personalidade.

Caso se tratasse de um filme fraco, o humor ácido presente na maioria das cenas seria suficiente para ofuscar qualquer defeito. A perspicácia de Kim Pine, encarnada por Alison Pill e as falas do divertido Wallace, - papel de Kieran Culkin - amigo gay que divide o quarto com Scott, são dois bons exemplos da presença do gênero comédia.

A escolha das músicas para a trilha sonora também é impecável – inclui canções ‘moderninhas’, como Black Sheep, da banda Metric e clássicas, como Under My Thumb, dos Rolling Stones.

Através de diálogos espertos e incontáveis referências à cultura pop, Scott Pilgrim Contra o Mundo diverte sem cair nos clichês das comédias comuns, atribuindo faceta bem-humorada ao ordinário cotidiano.


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Little Tailor review

Posted : 14 years ago on 15 November 2010 12:47 (A review of Little Tailor)

O que esperar do encontro de um alfaiate com uma jovem atriz? O média metragem Aprendiz de Alfaiate traduz esse encontro através da fusão da expressão artística de ambos. Um, portador de uma tristeza indefinível e utilizando a arte cênica como refúgio. O outro, buscando confiança na carreira e tornar-se um profissional da alta costura. O possível relacionamento é deslindado para resultar em uma pequena história de amor tipicamente francesa. É o segundo trabalho de Louis Garrel como diretor, que já havia dirigido o curta Mes Copains em 2008.

A ‘escola’ de Arthur (Arthur Igual), o aprendiz de alfaiate, é o ateliê de Albert, vivido por Albert Igual. Por estimar muito seu aluno, ele o escolhe como sucessor ao se aposentar. Quando esse momento se aproxima, em uma ida ao teatro, o amigo Sylvain, papel de Sylvain Creuzevault, o apresenta à atriz Marie-Julie, interpretada por Léa Seydoux, de A Bela Junie. Embora resista a princípio, acaba cedendo e envolve-se com ela.

Em uma das cenas mais bonitas da produção, Arthur tira as medidas de Marie-Julie enquanto ela dorme – tendo em mente a confecção de um vestido para presenteá-la. O momento marca o conflito da personagem – uma realidade não muito distante do que algumas vezes presenciamos. Valeria a pena abrir mão da formação profissional almejada para viver um romance instável? Afinal, ela vive do teatro, assumindo o compromisso de viajar com a peça. E ele, ao mesmo tempo em que batalha para tornar-se exímio alfaiate, não pode decepcionar Albert, que o vê como um filho.

O diretor elege boas referências – da trilha sonora, com direito a música dos Smiths, até trechos da obra de Tchekhov – citados pelas personagens. Outra boa escolha foi a opção pela filmagem em preto e branco, que atribui um tom clássico e romântico à obra. As tomadas, bem selecionadas, concentram a atenção do espectador nos movimentos e sensações de cada figura em cena.

Embora seja a segunda experiência cinematográfica de Garrel como diretor, o resultado é impecável. Ele consegue sintetizar, em poucos minutos, sentimentos que para muitos parecem inexprimíveis.


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Ondine review

Posted : 14 years ago on 15 November 2010 12:46 (A review of Ondine)

As paisagens irlandesas são ideais para a propagação dos mitos ali existentes. É o caso das selkies, espécie de focas que podem se transformar em humanas – criaturas mitológicas do folclore partilhado pela Irlanda, Islândia e Escócia. Tais seres fantásticos serviram de inspiração para Ondine, novo longa do diretor Neil Jordan, conhecido pelo filme Entrevista com o Vampiro. A escolha do local das filmagens não poderia ser melhor. Christopher Doyle – responsável pela fotografia do filme Paris, Te Amo – teve o cuidado de selecionar os espaços perfeitos para este “conto de fadas moderno” na península Beara, na Irlanda.

Syracuse – personagem que marca a volta de Colin Farrell com bom desempenho nos cinemas – trabalha como pescador, sem muito sucesso, até o dia em que ‘pesca’ uma jovem chamada Ondine – interpretada pela atriz e cantora polonesa Alicja Bachleda. Ao encontrar a filha, Annie, vivida por Alison Barry, transforma o acontecimento em uma história. A garota, embora debilitada por um problema nos rins e presa em uma cadeira de rodas, tem a curiosidade aguçada; o que a leva à casa da falecida avó, onde encontra a moça do conto de fadas contado pelo pai. A inocência infantil, intensificada pelas leituras sobre criaturas mitológicas, leva Annie a aceitar Ondine como uma verdadeira selkie, convencendo o pai do mesmo.

O diretor mistura fantasia e realidade fazendo o espectador questionar-se sobre a veracidade dos fatos. Apesar das descobertas com a nova figura presente na vida de ambos, as personagens vivem realidades conflitantes. Syracuse recorre ao padre para se confessar, e a cada ida à igreja, enfatiza o fato de não beber há dois anos. Argumento insuficiente para ter a guarda da filha, que vive com a mãe, alcoólatra, e o padrasto pouco delicado. A suposta selkie tem sua fantasia abalada pelo receio de ter contato com outras pessoas – e também pela presença de um homem misterioso na cidade.

A premissa remete a um filme típico de “sessão da tarde”, mas diferencia-se por acrescentar o drama a todo momento, delineando a pouca probabilidade de um final feliz. É como se o diretor optasse pela fantasia para amenizar a triste faceta da realidade, unindo um mero mito com as crenças da comunidade local.


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Adição de regojizo no indie pop de Belle & Sebasti

Posted : 14 years, 1 month ago on 19 October 2010 12:24 (A review of Write About Love)

A fórmula mágica para ficar bem é simples – “escreva sobre amor, em qualquer tempo verbal”. Basta fazer sentido. Nesse contexto que se desenvolvem as onze faixas do disco Write About Love – a busca por escapatórias para enfadonhas situações enfrentadas diariamente. Após o último lançamento, The Life Persuit, de 2006, a banda Belle & Sebastian mantém a linha do cd anterior.

Um clima mais pessimista figurava nas músicas dos álbuns mais antigos da banda, como Tigermilk (1996) e If you’re feeling sinister (1999), quando Isobel Campbell ainda integrava o grupo. Esta ambientação não abandona por completo o novo disco, mas é deixada de lado para dar espaço à letras e melodias mais animadas. A escolha dos instrumentos mais representativos em cada canção tem a intenção de propiciar uma sensação de bom humor e otimismo. Aspecto evidenciado logo na primeira faixa, escrita e interpretada por Sarah Martin, I didn’t see it coming – apesar dos problemas, a letra diz “nós não precisamos de uma vida inteira, estamos seguindo a linha certa”. Esta música e a quarta faixa do disco, I want the world to stop, integram um vídeo de divulgação disponibilizado no site oficial e organizado pela distribuidora. Além da apresentação das duas canções, inclui algumas entrevistas – um pequeno filme.

A banda não deixou a desejar no projeto de divulgação. Antes mesmo do lançamento, pediram aos fãs que seguissem o exemplo da primeira possível capa do disco – fotografar cenas do cotidiano inspiradas pelo tema do cd. As melhores fotografias fazem parte do vídeo exposto.

Produzido por Tony Hoffer, responsável também pelo álbum anterior, o trabalho tem participação de figuras bastante conhecidas. Uma delas é a atriz britânica Carey Mulligan, que divide os vocais com o vocalista Stuart Murdoch na faixa que dá nome ao disco. A outra participação é reconhecível logo nos primeiros segundos da música Little Lou, Ugly Jack, Prophet John. Apesar da distinção de estilos, a cantora norte-americana Norah Jones realizou ótimo dueto com o vocal da banda. Para fãs mais exigentes, Read the blessed pages, Calculating bimbo e Sunday’s pretty icons – que fecha o disco com a participação de Mick Cooke na composição – remetem às obras mais antigas, por possuírem temas e levadas mais tristes.

O grupo mudou em alguns aspectos, mas obteve bom resultado ao manter o estilo indie pop e mesclar as composições. A maioria delas é de Stuart Murdoch, com exceção de duas faixas compostas e interpretadas por Sarah Martin e da animada I’m not living in the real world, escrita e cantada por Stevie Jackson. Quem acompanha a banda há bastante tempo pode não se satisfazer ao conferir o álbum pela primeira vez. Mas vale oferecer outras chances.

[ Publicado em [Link removed - login to see] ]


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Uma Viúva Bem Humorada

Posted : 14 years, 2 months ago on 12 September 2010 08:07 (A review of The Merry Widow (2007))

Uma mulher corre e se exercita em meio a uma bela paisagem à beira mar. Para acompanhar a atividade, escuta um clássico da música francesa com fones de ouvido, Et si tu n'existais pas (e se você não existisse). Longe de ser somente uma coincidência, ao relacionar a canção com o título do filme, o espectador já pode ter uma ideia do humor que lhe espera em Enfim Viúva.

Anne-Marie, vivida por Michèle Laroque, vive entediada com seu casamento. Para afastar esse sentimento, tem momentos de satisfação ao encontrar o amante, Léo, interpretado por Jacques Gamblin. Quando ele recebe uma proposta de trabalho na China, o instante parece oportuno para que o casal vá embora da cidade, tendo a liberdade de assumir o romance longe dali. Enquanto tentam escrever uma carta explicando o porquê da partida de Anne-Marie, mal podem imaginar que o marido Gilbert, papel de Wladimir Yordanoff, terminaria a tarde sendo vítima de um acidente de carro, no qual somente o gigante poodle que o acompanhava sobrevive.

A infeliz coincidência leva a família à casa da então viúva. Enquanto procuram dar-lhe forças, ela tenta disfarçar sua felicidade e alívio. Nesse ponto, desencadeia uma sequência de situações hilárias em que tenta fugir para encontrar o amante e fingir comoção pela morte do marido. Durante uma das escapadas, Anne-Marie é surpreendida pelo filho, acompanhado pela esposa e a desconfiada sogra. Procurando uma desculpa plausível, diz que estava triste e resolveu dar uma volta em busca de distração.

O filho, Christophe, atuação de Tom Morton, comove-se e passa a noite ao lado da mãe. Ele, verdadeiramente triste, relembra momentos da família, entoando uma música que o pai costumava cantar durante sua infância. A viúva, por outra vez, esconde o desespero: enquanto o filho a consola, o amante a espera. A situação é agravada quando a família resolve não ir embora, mudando-se para a casa. Ela, então, fica sem saída, dividida entre a vontade de dizer a verdade para aproveitar a tão esperada felicidade e o medo da reação dos familiares.

Na tentativa de dividir seu tempo entre a família preocupada e o amante quase desiludido com a possibilidade de partir com a amada, o filme deixa o tom de comédia de lado e proporciona uma reflexão – se aquilo que mais queremos é mesmo a melhor opção. A atriz e diretora Isabelle Margault, no segundo trabalho em que assume a direção, consegue com sucesso conciliar comédia e drama, provocando risos instantâneos nos espectadores.

[Publicado em [Link removed - login to see]


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O Labirinto de John Green

Posted : 14 years, 4 months ago on 16 July 2010 08:13 (A review of Looking For Alaska (Printz Award Winner))

Adolescentes e seus conflitos são assuntos recorrentes em filmes, livros e letras de músicas. Os três anos correspondentes ao Ensino Médio, então, apresentam o território ideal para inúmeras narrativas. Sem se prender aos clichês da categoria na qual se encontra – Young Adult (livros para adolescentes, mas com temas mais sérios) – Looking for Alaska fala sobre os conflitos de três amigos em uma típica escola com acomodação dos Estados Unidos. É o primeiro livro do americano John Green, responsável pelo Canal Vlog Brothers, onde publica os vídeos feito com o irmão, Hank Green.

Miles “Pudge” Halter leva uma vida parada e sem muitos amigos no estado da Flórida, onde mora com os pais. Cansado de seu cotidiano, opta por uma mudança: estudar no colégio Culver Creek, em Alabama. O personagem gosta de memorizar as últimas palavras ditas por figuras conhecidas antes de falecerem. Um dos motivos que o levam à mudança, inclusive, é a busca pelo Great Perhaps (uma espécie de busca por uma “causa maior”), referência às últimas palavras de François Rebelais – “I go to seek a Great Perhaps”.

Ao chegar, conhece o garoto com o qual dividirá o quarto – Chip Martin. Com ele, toma conhecimento de algumas particularidades do local – em especial, da divisão entre populares e excluídos. Os dois grupos tentam se atingir com “brincadeiras” de mau gosto. Para organizá-las, Chip – que prefere ser chamado de “The Colonel” – conta com a ajuda de Takumi e, principalmente, de Alaska Young, acomodada em um quarto no final do corredor e a fonte mais próxima para obter cigarros e bebidas (itens proibidos pelo inspetor). Rapidamente, a garota toma conta dos pensamentos de Miles. Até aí, não há nada fora do comum e diferente de outras histórias com adolescentes.

O mérito de John Green fica por conta da sua habilidade para construir personagens que são quase uma história à parte. A paixão de Miles, por exemplo, é apresentada primeiramente como mera atração, transformada em sentimentos mais fortes pelos traços designados pelo autor. Alaska leva uma vida conturbada e gosta de se arriscar. Em seu quarto, possui uma “Life’s Library”, biblioteca particular construída ao longo do tempo, abrigando livros lidos e todos que pretende ler.


[Leia o restante no meu blog: [Link removed - login to see]


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Inglês louco pelo esporte bretão

Posted : 14 years, 5 months ago on 20 June 2010 03:53 (A review of Fever Pitch)

Em tempos de Copa, existem outras opções para quem não gosta tanto de acompanhar os jogos, ou mesmo para distrair os fanáticos entre o intervalo de um jogo e outro. Entre elas, está uma figura conhecida da literatura inglesa contemporânea – Nick Hornby. Mais famoso pelos livros Alta Fidelidade e Um Grande Garoto, iniciou com uma obra que aborda a paixão – nas palavras do autor, obsessão – pelo futebol: Febre de Bola.

Nick Hornby é fanático pelo Arsenal – um dos clubes de futebol da Inglaterra. Ele não somente acompanha resultados e notícias do time, como faz questão de ir ao estádio para assistir aos jogos, com todas as implicâncias que essa experiência traz. Mostra-se um torcedor fervoroso, marcando presença mesmo nos amistosos e conferindo os lances de cada jogador do Arsenal junto com a torcida.

A história de Febre de Bola é contada pela perspectiva do torcedor – no caso, o próprio escritor, representado pela personagem principal. Não relata apenas os jogos do seu time predileto, mas destaca também disputas de outras equipes inglesas e grupos de amigos. Logo nas primeiras páginas, dá espaço ao Brasil, comentando o desempenho elogioso de Pelé na Copa de 1970.

A paixão pelo futebol retratada na obra quebra os estereótipos existentes e velhos conceitos ditos, principalmente por pessoas que pouco sabem sobre o esporte, como a ideia de que futebol serve somente para entreter. Embora reconheça a ideia dessa prática como uma arte, Hornby sabe que sua paixão não se resume a isso e existem outros aspectos a serem levados em conta. Valoriza o empenho dos jogadores, ao concordar que o time vencedor de uma partida nem sempre apresenta o melhor desempenho.

A violência em campo também é abordada no livro, em uma situação constrangedora para o autor. Durante a Copa da Liga dos Campeões da UEFA, em 1985, a partida Juventus x Liverpool - do capítulo homônimo - terminou com a morte de 38 torcedores italianos. Hornby assistiu ao jogo pela TV, na companhia de seus alunos de nacionalidade italiana. No período, lecionava inglês para estrangeiros. Ao falar sobre o momento em que se desculpou pelo acontecimento, relata o seu impacto; a forma como algo tão pequeno pode terminar em tragédia.

No lugar de capítulos, a história é divida por jogos – como se fossem várias crônicas unidas por alguns pontos para compor o romance. O autor compara e concilia os relatos dos jogos com acontecimentos de sua vida durante os anos em que acompanhou o time - o processo de amadurecimento, a relação com familiares e amigos, os primeiros “amores” e a separação de seus pais são retratados.

A narrativa bem desenvolvida do autor inglês é capaz de agradar até quem não gosta do tema ou, especificamente, de times ingleses. O tom informal e descontraído consegue fisgar o leitor, evidenciando o humor típico de Hornby.


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About me

Tarde dominga tarde
pacificada como os atos definitivos.
Algumas folhas da amendoeira expiram em degradado vermelho.
Outras estão apenas nascendo,
verde polido onde a luz estala.
O tronco é o mesmo
e todas as folhas são a mesma antiga
folha
a brotar de seu fim
enquanto roazmente
a vida, sem contraste, me destrói.

[Carlos Drummond de Andrade]

É tempo de meio silêncio,
de boca gelada e suspiro,
de palavra indireta, aviso na esquina.
Tempo de cinco sentidos num só.


[Carlos Drummond de Andrade]

"She felt very young; at the same time unspeakably aged. She sliced like a knife through everything; at the same time was outside, looking on… far out to sea and alone; she always had the feeling that it was very, very dangerous to live even one day."

[Virginia Woolf]

”Nesse tempo, já me dera conta de que procurar era minha sina, emblema de todos aqueles que saem à noite sem qualquer finalidade exata, razão de todos os destruidores de bússolas."

[Julio Cortázar]

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Comments

Posted: 13 years ago at Nov 9 17:22
Posted: 13 years, 7 months ago at Apr 15 18:57
Thanks for the list vote!
Posted: 14 years, 1 month ago at Oct 19 8:48
thankuuu :)
Edit: 14 years, 1 month ago
Posted: 14 years, 1 month ago at Oct 13 21:01
Thanks for the list vote :)
Posted: 14 years, 1 month ago at Oct 6 23:17
Muito obrigado pelo voto! =)
Posted: 14 years, 1 month ago at Sep 27 11:21
Ô, brigado, let. :D
Posted: 14 years, 6 months ago at May 25 20:48
Thanks for the list vote! :D
Posted: 14 years, 8 months ago at Mar 23 21:02
tenho vontade de ir, mas nunca consegui devido ao horário. pra mim é muito cedo.
Posted: 15 years ago at Nov 5 16:36
hello there, great taste in music!
Posted: 15 years, 3 months ago at Aug 19 0:48
ooooi, Lindie!'
Posted: 15 years, 3 months ago at Aug 17 0:15
Posted: 15 years, 3 months ago at Aug 2 14:17
obrigado pelo voto! e preto e branco sempre causa um pouco de nostalgia mesmo né?

=]
Posted: 15 years, 3 months ago at Aug 2 2:48
De nada, qualquer coisa estamos ai !

Beijinhoss !
Avatar
Posted: 15 years, 5 months ago at Jun 27 4:55
thanks for the votes :)
Posted: 15 years, 5 months ago at Jun 23 7:01
Thanks for voting :D
Posted: 15 years, 5 months ago at Jun 21 4:06
Valeu pelos votos xD
Posted: 15 years, 6 months ago at May 18 20:43
agradeço o voto
Posted: 15 years, 6 months ago at May 13 23:58
Olha que eu entendo bem sua frustração, moro aqui desde sempre e nunca fui em Goiânia. Brasília é um lugar legal, terra da pizza.
Posted: 15 years, 6 months ago at May 13 17:29
Aiiiin muita saudade lidy óò
muita mesmo! óò

Eu to em Franca [SP] óò
VEM ME VEEEEEER!

De "novidade" só tem a faculdade msm xDDDD

E vc? \o

bjoooo *-*
Posted: 15 years, 6 months ago at May 9 2:30
Valeu :D
Santa Catarina e você? :}